terça-feira, 29 de maio de 2018

Terapia Cognitivo Comportamental

Terapia cognitivo comportamental: o que é, como funciona e quando devo procurar?
Buscar um atendimento psicológico é muito comum e não precisa estar associado diretamente com uma doença. Terapia é para todo mundo e, dentro da psicologia, existem diversos tipos de abordagens terapêuticas. Entre elas a Psicanálise Freudiana,  a Psicologia Analítica ou Jungiana, a Psicanálise Lacaniana, Analítico-Comportamental, Gestalt, Psicodrama e também a Terapia Cognitivo Comportamental. 
Dentro da psicologia, existem ainda diversas abordagens que podem solucionar transtornos psicológicos de todos os tipos. Entre suas abordagens, está a Terapia Cognitivo Comportamental ou TCC.
O que é a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC)?
A Terapia Cognitivo Comportamental ou TCC é uma abordagem da psicoterapia baseada na combinação de conceitos do Behaviorismo radical com teorias cognitivas. A TCC entende a forma como o ser humano interpreta os acontecimentos como aquilo que nos afeta, e não os acontecimentos em si. Ou seja: é a forma como cada pessoa vê, sente e pensa com relação à uma situação que causa desconforto, dor, incômodo, tristeza ou qualquer outra sensação negativa.
A Terapia Cognitiva foi fundada no início dos anos 60 por Aaron Beck, Neurologista e Psiquiatra norte-americano. Beck propôs, inicialmente, um “modelo cognitivo da depressão” e que posteriormente evoluiu para a compreensão e tratamento de outros transtornos.
Essa abordagem é bastante específica, clara e direta. É utilizada para tratar diversos transtornos mentais de forma eficiente. Seu objetivo principal é identificar padrões de comportamento, pensamento, crenças e hábitos que estão na origem dos problemas,  indicando, a partir disso, técnicas para alterar essas percepções de forma positiva. A TCC se destina tanto ao tratamento dos diferentes transtornos psicológicos e emocionais como a depressão, ansiedade, transtornos psicossomáticos, transtornos alimentares, fobias, traumas, dependência química, entre outros.
Além disso, a Terapia Cognitivo Comportamental auxilia nas diversas questões que envolvem nossa vida como um todo, como: dificuldades nos relacionamentos, escolhas profissionais, luto, separações, perdas, estresse, dificuldades de aprendizagem, desenvolvimento pessoal e muitos outros.
Como funciona a Terapia Cognitivo Comportamental?
Sabendo que o objetivo principal da Terapia Cognitivo Comportamental é mudar os sistemas de significados dos pacientes para alterar suas emoções e comportamentos com relação às situações, o primeiro passo da terapia é entender esses sistemas.
Para isso, durante as sessões de TCC, o psicólogo vai identificando sentimentos, pensamentos e comportamentos de determinadas situações descritas pelo paciente. A partir disso, alguns padrões vão sendo identificados. São esses padrões que determinam crenças e percepções para cada experiência vivida.
Diante dos padrões mal adaptativos ou disfuncionais de pensamentos, cabe ao terapeuta auxiliar o paciente a encontrar novas possibilidades de pensamentos alternativos e mais funcionais que possibilitem uma boa adaptação à sua realidade social. Isso é feito a partir da determinação de um foco e de metas para que, com o tempo, o paciente adquira sua autonomia e possa lidar com as questões por conta própria. Esta é a reestruturação cognitiva e comportamental que dá nome à abordagem.
Os pontos determinantes de compreensão e atuação do TCC são:
Ambiente ou situação onde ocorre o problema
Pensamentos e sentimento envolvidos no problema
Estado de humor e emoção resultantes
Reação física
Comportamento
Por exemplo: você já deve ter vivido alguma situação onde precisou apresentar um assunto para um grupo de pessoas. Antes da apresentação, os pensamentos automáticos costumam gerar angústia e ansiedade, criando cenários mentais negativos que nem aconteceram ainda. Esses cenários podem ser: acreditar que ninguém irá gostar da apresentação, sentir que ficará nervoso, suando, gaguejando, que falará algo de errado e passará vergonha, por exemplo. São essas percepções que acabam gerando comportamentos negativos e criando situações desconfortáveis.
Cada pessoa olha para as situações da vida pelo seu buraquinho de percepções.
Isso não significa que, apenas adquirindo pensamentos positivos, as situações serão diferentes. É preciso olhar para cada situação de forma mais aprofundada e complexa, compreendendo os padrões de percepção e comportamentos já enraizados em cada pessoa. A solução é desconstruir esses pensamentos, gerando uma flexibilidade de comportamento.
Quando pensamento, emoção e comportamento estão em equilíbrio, é muito mais fácil agir de forma consciente e sem prejuízos. Para isso, é preciso saber distinguir os sentimentos da própria realidade, entendendo como um influencia o outro e avaliando de forma crítica a veracidade de nossos pensamentos automáticos. Com isso, é possível desenvolver habilidades para perceber quando essas suposições aparecem, interrompendo e modificando suas consequências.
Algumas técnicas do TCC
Entre as técnicas para mudanças de comportamento dentro da Terapia Cognitivo Comportamental estão:
Reversão de hábitos para aumentar a percepção do paciente sobre cada episódio que traz desconforto. Gerar a capacidade de interromper isso com uma resposta mais adequada.
Aumentar a consciência para identificar os fatores desencadeantes e as seqüências de acontecimentos associados com determinado sintoma ou comportamento.
Monitoramento e registro de cada ocorrência. Anota-se informações como dia e hora, localização, pensamentos, sentimentos e emoções que podem ser úteis ao tratamento.
Utilização de uma resposta adequada para controlar a reação.
Controle de stress, ensinando maneiras eficientes de respiração, relaxamento muscular e técnicas cognitivas para ajudar o controle da angústia.
Prevenção de recaídas, ensinando o paciente a lidar com os fatores que desencadeiam situações negativas.
Quem precisa fazer Terapia Cognitivo Comportamental?
Todos podem fazer a Terapia Cognitivo Comportamental: homens, mulheres, crianças, adultos, pessoas com algum transtorno mental ou que estão passando por qualquer tipo de conflito interno. Entretanto, a TCC é altamente recomendada principalmente em casos de depressão, transtornos de ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo, síndrome do pânico, fobia social e outras situações que possuem como base fundamental os comportamentos, pensamentos e emoções da pessoa com relação à vida.
Para quem possui o diagnóstico de problemas psicológicos, normalmente serão realizadas entre 10 e 20 sessões de Terapia Cognitivo Comportamental. Para cada perfil de paciente serão aplicadas técnicas diferentes no tratamento. Seu curto tempo de duração, ação de forma prática para melhorar comportamentos específicos e eficácia comprovada na cura de transtornos são os principais fatores que fazem com que esse tipo de abordagem seja um dos mais procurados atualmente.
Na Terapia Cognitivo Comportamental, a relação entre paciente e terapeuta deve ser de colaboração mútua. A eficácia do tratamento se dá, em grande parte, pela qualidade desta relação. É o bom vínculo que impulsiona o paciente a manifestar melhor os seus próprios sentimentos durante a sessão. Por isso é tão importante encontrar um bom psicólogo perto de você.
Fonte: https://www.vittude.com/blog/terapia-cognitivo-comportamental/

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

4ª JORNADA WP DE PSICOTERAPIA COGNITIVA



     

     Participei recentemente da 4a. JORNADA WP DE PSICOTERAPIA COGNITIVA, cujo tema foi "O Impacto da Terapia Cognitiva na Promoção da Saúde Mental", ressaltando o papel preventivo que a psicoterapia pode assumir na Infância e Adolescência, estratégias terapêuticas para Transtornos Mentais da modernidade que apresentam alta prevalência, interface com a Psiquiatria e com o Direito, além de inovações psicoterápicas como a Terapia do Esquema, a Terapia Cognitiva Processual e a Psicoterapia Positiva.
     O evento ocorreu nos dias 26 e 27 de outubro de 2012 em Santa Maria - RS e foi muito proveitoso, acredito que tanto eu, como minhas colegas da pós graduação, aproveitamos muito essa atividade.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Práticas educativas e estratégias de coping em crianças abrigadas

Giorgina Leni Batista
Patricia Santos da Silva
Caroline Tozzi Reppold

 Este estudo investigou práticas educativas de pais e educadores sociais e estratégias de coping adotadas por crianças abrigadas. Participaram da pesquisa 20 crianças, entre sete e 11 anos.
Elas responderam a duas entrevistas, que objetivavam identificar práticas educativas e problemas nos ambientes familiar e institucional, e as estratégias de coping utilizadas. Resultados mostraram preponderância das práticas coercitivas em ambos ambientes. No ambiente familiar, os problemas mais comuns foram conflitos conjugais, e as estratégias de coping mais citadas foram coping focado na emoção e inação. Problemas no ambiente institucional pareceram estar mais relacionados a conflitos com pares. O coping focado no problema e a busca de apoio dos educadores foram estratégias mais frequentes para lidar com esta situação. O conhecimento destes aspectos subsidia a elaboração de programas de treinamento para os pais e educadores sociais que possam contribuir ao processo de socialização das crianças abrigadas, considerando as dificuldades próprias do contexto.
Palavras-chave: práticas educativas, estratégias de coping, crianças abrigadas.
Leia mais na Revista Aletheia: http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/1150/115021494006.pdf